sábado, 30 de agosto de 2008

Só um pouco de paciência.

Derramei uma lágrima, pois estou sentindo sua falta e hoje faz frio em São Paulo... Parece engraçado como esses dias são os piores.
Sabe, eu ainda continuo bem para sorrir e levantar todo dia com a esperança estampada no rosto... A vida trouxe muitos ensinamentos e, um deles, foi ser sempre otimista.
E eu penso em você todo dia agora, tanto...
Era um tempo que eu não tinha certeza, que tudo parecia caminhar sem rumo... Mas você acalmou minha mente e meu coração.
Não há duvida, você está em meu coração agora e, só restam as lembranças de uns tempos que ficaram para trás... Dos chocolates quentes, das aulas de estatística que matamos, dos camparis amargos que tinha o mais doce dos beijos...

Eu dizia: Pega leve, vá com calma... Tudo vai ficar bem...
E você tinha uma capacidade apavorante em acreditar em cada palavra que eu eu dizia..

Ainda hoje eu sei que, tudo que precisamos é só de um pouco de paciência.
Aquelas coisas: tempo ao tempo, cada coisa no seu tempo. E como isso continua sendo verdade e tão latente.

Eu sentei aqui nas escadas, pois eu quero ficar sozinho., por um instante..
Não que eu viva de lembranças, apenas me faz bem voltar ao passado e ver que, eu era feliz lá...
E não que eu não seja feliz hoje, apenas é uma felicidade diferente... Completa, mas sem você.

Às vezes, eu fico tão tenso, mas eu não posso acelerar o tempo e não quero voltar... Eu construi esse caminho com pedras fortes... É difícil voltar.
Mas você sabe, amor, há muitas coisas para se considerar.
Você e eu só temos que ter um pouco de paciência, dar esse tempo ao tempo...

Eu disse: não se apresse, nem se desespere... Vá viver sua vida, que eu deixo você ir... E você criou asas fortes que te levaram para muito longe...

Hoje as luzes estão brilhando num continente distante, numa cidade de luz... Mas, a torre joga uma sombra sobre sua pele e, eu sei que nem tudo reluz a felicidade que você sente agora... Com certeza, está sentindo a minha presença ao seu redor, eu sei...

Você e eu conseguimos o que pretendíamos fazer, não falhamos.
Embora em caminhos opostos, nunca romperemos.
Apredemos a ser fortes juntos, a secar as lágrimas num compasso sincronizado...
Eu nem era tão auto-suficiente como vcê pensava que eu fosse.
Eu não era tão independente como você julgava.
E também, não era tão insensível assim...

Você errou muito sobre mim.

Outro dia, estive caminhando nas ruas à noite, tentando apenas acertar o meu caminho.
É difícil enxergar com tantos por perto, aflitos e desesperados... A noite parece uma válvula de escape... As pessoas se amontoam e se destroem.
Você sabe que eu não gosto de ficar preso na multidão, eu odeio não ter consciência dos seus atos.
A lucidez sempre sempre foi minha companheira constante.
E as ruas não mudam, não mudam... Apenas mostram novos ângulos.
Mas, eu não tenho tempo para esses jogos noturnos, eu não tenho paciência para estranhos.
Com o tempo eu aprendi a jogar esses mesmos jogos... Sabe, eu já feri almas e fui muito ferido também.
Eu não tenho mais paciência.
Eu preciso de você mais por perto, mais presente... Mas, você insiste em ficar tão longe.
Onde está você agora?
Paciência!

Fiz o que pode ser feito.

Fiz o que pode ser feito! Não espere o vento soprar na sua direção,nem corra atrás do vento. A vida está dentro de você e viver este dia é...